A distribuição

A distribuição do filme será feita pela Encripta (conforme pré-contrato anexado). É uma empresa especializada em licenciamento e distribuição de conteúdo audiovisual para diversos segmentos de mercado. Através do selo Elite, distribui para cinema e todas as outras janelas.
Como o filme tem perfil de cinema de autora, a primeira forma de exibição será através de mostras e festivais nacionais e internacionais que produzem impacto de crítica e de mídia espontânea, mesmo que não sejam nas mostras competitivas principais, a exemplo de Berlim e Cannes; mas também em festivais como Locarno, Toronto e Sundance.
Para a distribuição no Brasil, dois fatores estão sendo considerados: a relevância do tema, infelizmente, muito recorrente nas famílias brasileiras; e a presença da atriz Julia Lemmertz no elenco, que possui bastante popularidade em função dos seus trabalhos na TV. Com isso, entende-se que há potencial para entrar, também, em salas comerciais.
Para iniciar a comercialização, foram escolhidas 12 cidades diferentes para cobrir a promoção desse lançamento de maneira adequada. Entre as principais cidades de abertura estão Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza, Curitiba, Goiânia e cidades médias como Campinas, Florianópolis, Juiz de Fora e Caxias do Sul. Para lançamento no Brasil, serão acionadas linhas de apoio do FSA para distribuição, juntamente com a distribuidora.
Como forma de ampliar a sua relevância na comunidade acadêmica, dentro da proposta de distribuição do filme, está a estratégia de aproximação com as universidades públicas e privadas, onde o tema possa ser discutido. Esta estratégia oportunizará a atração do público entre 18 e 25 anos, não só o feminino, mas, também, o masculino que é fundamental para o objetivo de um debate transformador.

O cenário nacional e mundial mudou bastante em função da pandemia. A própria normalização da vida pós-coronavírus ainda traz muitas dúvidas, principalmente no que se refere à recuperação da economia. Com isso, um movimento que já se fazia antes da Covid-19, é um aumento do consumo dos produtos audiovisuais por streaming, mas com a sala de cinema ainda sendo utilizada para filmes com perfil blockbuster (em grandes redes) ou de caráter mais autoral (em salas de nicho), isto é, para um público que considera a experiência da sala escura.
Após percorrer o circuito de salas de cinema, o filme será comercializado para VOD como Now, Sky Play, Claro Video, Looke, iTunes, Telecine, entre outros. A janela seguinte será a TV a Cabo. Não há, inicialmente, a intenção de negociar o filme com exclusividade para nenhum canal. Poderá ser comercializado com Canal Brasil, Sony, Telecine, TNT, FOX, Box Brazil entre outros possíveis canais.
Para dar suporte a estratégia de comercialização do cinema para o streaming, e futuramente para a televisão, será criada uma campanha de conteúdo transmídia, com uso de redes sociais, desde o período de pré-produção, e a abertura de um canal digital oficial do filme, com a publicação de vídeos com as seguintes características: making of da produção (como ensaios, leituras, trechos das gravações), entrevistas com atores e direção, cenas exclusivas (que não farão parte do corte final do filme) e cenas que ampliarão o universo narrativo com características transmídia. Mas, o universo de conteúdos irá além do filme. Com o objetivo de formar uma rede engajada e fomentar o debate sobre o abuso sexual intrafamiliar, serão conectadas redes sociais de ONGs que lideram este debate com a sociedade. Nos canais digitais de Nós que nos queremos tão pouco, serão republicadas matérias e relatos destas redes sobre pessoas que já sofreram abusos dentro de suas famílias. O objetivo é conectar o público interessado em colecionar essas histórias, tendo o longa-metragem como o principal hub de atenção.